Mais uma vez o descaso com as tragédias ocorridas no nordeste do país trás consequencias incalculáveis.
O rompimento da barragem algodões 1 no norte do estado do Piauí que aconteceu na tarde dessa quarta-feira 27/05 causou a morte de quatro pessoas e outras onze estão desaparecidas, além de quatro mil pessoas entre desabrigados e desalojados no município de Cocal da Estação e centenas de outros em condições idênticas no município de Buriti dos Lopes.
Há um mês, duas mil e quinhentas pessoas que se encontravam em áreas de maior risco foram removidas e colocadas em abrigos para que fossem feitos reparos nas encostas da Barragem Algodões 1 e na ultima sexta-feira dia 22/05 por conta da irresponsabilidade conjunta entre: O engenheiro responsável pela construção da obra Luís Hernane de Carvalho,
técnicos da ENGERPI (Empresa de gestão de recursos do Piauí), defesa civil, as Prefeituras dos municípios de Cocal e Buriti dos Lopes e corpo de bombeiros, a população tendo a garantia de todas essas “autoridades” que deviam garantir a segurança, voltaram e a catástrofe anunciada aconteceu deixando um estrago com proporções ainda desconhecidas.
A presidente da Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi), salientou que o monitoramento das águas da represa estava sendo feito e o que fugiu ao controle foram as fortes chuvas que romperam açudes no estado Ceará onde fica a cabeceira do rio Pirangi, e desaguaram na represa Algodões 1.
O descuido e o pouco caso das autoridades locais e dos órgãos envolvidos não se justifica levando-se em conta que os institutos de previsões climáticas do país contam hoje com grande aparato técnico de informática que permitem um prognóstico mais preciso do que no passado e nada disso foi levado em conta.
Com rompimento da represa as águas chegaram a 17 metros de altura levando tudo que encontravam pela frente: pessoas, árvores, casas, animais e até o cemitério do município de Cocal da Estação não foi poupado, o que agrava as condições sanitárias da população.
Inconformado com esse pouco caso dos envolvidos o procurador da República Kelston Lages informou que o MFP está atento e que vai colher todas informações possíveis sobre o caso.
O Ministério Público Estadual também se manifestou e vai avaliar a quem cabe a culpa se ao engenheiro responsável pela obra ou o estado.
Até o momento o governo federal na pessoa do Presidente Lula prestou solidariedade as vítimas do estado determinou o apoio imediato da Defesa Civil Nacional no atendimento à população de toda a região atingida, mas ainda não determinou que tipo de medidas de emergência financeira serão tomadas para amenizar o desespero daquela população já acostumada com descaso dos governantes em geral.
Será que isso importa mesmo? Afinal, é mais uma catástrofe no Nordeste!
Edigarde Rodrigues
Um comentário:
É uma irresponsabilidade,jamais saberemos a exatidão do número de vítimas,pois o governo do Pt controla a imprensa,em outros tempos e governos as atuais autoridades estaduais estariam ás portas doministério público e pedindo responsabilização criminal do governador,agora a culpa é dos açudes do Ceará,também acho absurdo a responsabilidade cair apenas nas costas de um engenheiro será que Engerpi e Dnocs não tem um trablho planejado e não fazem monitoramento da situação
Postar um comentário