domingo, 27 de setembro de 2009

O Cúmulo do Mau Gosto:Turismo nas Favelas Cariocas.



O Rio de Janeiro é uma das cidades mais bonitas do mundo e o que não faltam são pontos turísticos invejáveis.
Atualmente com o falso pretexto de beneficiar as favelas cariocas algumas agências de turismo têm explorado com o consentimento dos governantes a desgraça alheia levando turistas para um verdadeiro tour da miséria.
Qual o benefício que os moradores têm com a invasão de privacidade desses turistas que se divertem com o infortúnio dos moradores dessas comunidades?
Os interessados por essa exposição da miséria dos moradores dos morros e favelas do Rio, ou seja, as agências e outras autoridades é que a população favelada ganha com venda de artesanatos e outras bugigangas.
Eu não consigo entender como se permite tal coisa, ou melhor, essa invasão desses turistas a esses moradores que deveriam ter todo apoio do governo para melhorar sua qualidade de vida e não ficarem a disposição de turistas que ao invés de buscar o lado saudável que o Rio de Janeiro tem pra oferecer vem em busca de um tour “exótico” como se fosse a visita a um zoológico.
O abuso chegou a tal ponto que um dos turistas passeando numa das ruelas da rocinha a segunda maior favela da América Latina ao deparar com uma dona de casa preparando o almoço da família teve e petulância de tentar abrir a panela da mesma para ver o que estava sendo feito, o que foi repreendido com um tapa na mão pela a digna senhora.
O mal avisado turista italiano deve ter achado que pelo fato de está pagando setenta reais pelo o “tour” lhe dar direito de fazer o que vier a sua cabeça sem ser advertido por isso.
Caberia ao guia desse turismo do absurdo chamar atenção para esses sádicos turistas que não precisam alimentar a população nem tratá-los como animais selvagens.

A socióloga Bianca Freire Medeiros que está lançando o livro "Gringo na Lage" começou uma pesquisa em meados de 2005 sobre esse fenômeno e que inclusive viajou para a Índia e África do sul tentando entender o que leva europeus, americanos e alguns sul americanos de diversas classes sociais passarem suas férias em famílias entre favelas, guetos e locais de destruição como o furacão Catrina ou mesmo as vítimas de Chernobyl.


Segundo declarou a socióloga numa entrevista ao Programa Jô Soares são oito as agências que detém o direito concedido pela Riotur para explorar esse turismo do absurdo no Rio de Janeiro e que a maior parte dos turistas acredita que eles estão contribuindo de certa forma com a população quando pagam a tal quantia pelo o "tour" entretanto na verdade os únicos beneficiários são as agências que tem o privilégio dado pelo principal órgão de turismo do estado do Rio de Janeiro.

Quem garantirá integridade física e moral e a privacidade dos moradores locais que são visitados no seu habitat como bichos?
Quem poderá garantir a segurança desses loucos turistas em busca de aventuras nem que seja na desgraça do seu semelhante quando houver uma movimentação policial para coibir o trafego local e atingir um dos desavisados turistas?

Um dos artesenatos vendidos na Rocinha e tras até um erro de grafia o que deve levar a maior parte dos turistas a zombar do analfabetismo dos moradores.O certo seria "Rocinha a peaceful and wonderfull place"-Rocinha um lugar pacífico e bonito.

Quem é que vai pagar o pato?
As agências, a Riotur, a polícia ou os pobres moradores desses cartões postais?
Por favor, vão passear em outro lugar né?
O Rio de Janeiro continua lindo!

Edigarde Rodrigues

domingo, 20 de setembro de 2009

A Fúria da Natureza: O Brasil Já tem Tornado!


Um dia após o feriado de sete de setembro São Paulo viveu um dia de terror.
Eram oito horas da manhã quando tudo escureceu até acenderem as luzes da rua e eu que acabara de acordar fiquei confuso se tinha ou não dormido e logo em seguida os trovões e relâmpagos anunciaram um verdadeiro dilúvio como há muito tempo não se via em São Paulo, ou seja, choveu em aproximadamente em duas horas o que era pra chover o mês inteiro.

As mudanças climáticas ocorrem em todos os recantos do planeta devido, segundo os cientistas, o buraco na camada de ozônio.
Apesar de tantos alertas a população mundial parece não dar ouvidos aos apelos feitos por organizações interessadas em proteger o meio ambiente e a “Fúria da Natureza”

Há pouco tempo atrás só se ouvia falar de furacões, tufões, tornados, maremotos, tsunami e outros fenômenos somente nos estados unidos, alguns países da América central ou mesmo na Ásia.

O Brasil passou a ser palco de alguns ciclones tropicais principalmente no litoral de Santa Catarina o que levou a população e o governo a um estado de atenção porque não era normal esse tipo de manifestação da natureza no Brasil.

Além de São Paulo a tempestade que tomou conta mais uma vez o sul do país, trazendo dessa vez um "tornado" que muito estrago causou ao estado de Santa Catarina.

Esse estado que tem sido massacrado nos últimos meses por chuvas torrenciais e ainda estava tentando se reerguer das cheias do final do ano e do mês de maio desse ano foi mais uma vez o mais atingido com 64 dos seus municípios em estado de emergência tendo Guaraciaba com o maior número de vítimas.
O Total de desabrigados nos três estados do sul: Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul é de 20 mil pessoas que tiveram que abandonar suas casas e a soma de feridos chega a 194 pessoas além de 23 mil casas danificadas.
Em Osasco na grande São Paulo o deslizamento no Morro do Socó, matou uma mulher e três crianças e o pai das crianças se desesperou ao ver os bombeiros retirarem os corpos, aumentando para oito os mortos na Grande São Paulo por causa das chuvas.

Confesso que ao ver o relato de um cidadão catarinense que perdeu tudo na catástrofe e viu até seus animais serem levados pela força do tornado e o choro de um soldado do corpo de bombeiros de São Paulo, depois de todo esforço em vão pra salvar três crianças num barranco onde a mãe fora soterrada e os corpos dos filhos foram encontrados não segurei o nó na minha garganta e as lágrimas que vieram no meu rosto inundaram o meu coração.












Edigarde Rodrigues