sexta-feira, 15 de maio de 2009

Maldita Crise, Minha Mulher enlouqueceu. Sobrou pra mim!




Essa onda de crise financeira que veio dos Estados Unidos tem me deixado mais careca do que já sou. Não estou exagerando, só vendo pra crê, você sabe que o brasileiro em geral é mais light em qualquer situação do que o resto do mundo, mas na minha casa o bicho ta pegando e como tá.
Os índices financeiros em diversos países da Europa indicaram uma brusca caída nas vendas em todos os setores do mercado Europeu nas comemorações de fim de ano, enquanto no Brasil a festa do consumo rolou e as pessoas continuaram curtindo a marolinha do Lula.
Barra pesada mesmo está na minha casa, a minha patroa pirou literalmente e está com mania de economia, temendo não sei mais o que? Até parece que não acredita na palavra do nosso presidente, que até com relação à gripe suína ele rebatizou de “resfriadinho La cucaracha!”, mesmo antes de saber dos resultados da Organização Mundial de Saúde.
O Lula tem essa mania de minimizar as questões problemáticas para não assustar a população. Em relação à segurança nacional podemos ficar tranquilos, Mesmo quando ela passa do ponto e toma um pifão, ele não toma um pileque e sim um pilequinho.
Por falar no Presidente ele tem incentivado o povo brasileiro a consumir o máximo que puder e isso eu falei pra patroa e ela retrucou: Também pudera! Se eu tivesse um cartão daquele sem limite eu não estaria preocupa! Manda a dona Marisa Letícia me emprestar o dela pra você ver o estrago que eu faço.
Contra fatos não há argumentos e eu fiquei foi bem quieto.

Voltando a tal da crise que na minha casa não tem nada de marola e mais parece um maremoto, a minha mulher está insuportável.
Pra falar a verdade eu me sinto como estivesse me preparando para encarar uma guerra ou uma catástrofe nuclear.
Mania de economia ela sempre teve, mas agora está demais.
Desperdício, não faz bem a ninguém, mas tudo tem limite.
Imagine um detergente de louça quando está no final, qual seu destino natural?
o lixo é claro, na minha casa não está sendo assim, o coitado depois de ter prestado um relevante serviço na limpeza, fica de cabeça pra baixo, como se estivesse pagando algum pecado por ter acabado, e eu desavisado, vi aquela cena na pia e peguei pra jogar fora. Pare com isso! Berrou a dona encrenca!
Eu sei o que estou fazendo ele vai ficar ai nessa posição sim e até amanhã.
Eu saí de fininho e fui rir lá na sala.

No banho eu não sou de demorar muito, só o suficiente.
Ao chegar a casa depois de um dia movimentado fui para o banho onde costumo me realizar como cantor (coitado dos vizinhos) quando fui bruscamente interrompido, parecia um terremoto na porta com um cabo de vassoura, ela gritava desesperada. Você está louco! Não tem consciência?
Você acha que é água da chuva? Pra não me chatear parei o meu show solitário que me relaxava tanto antes dessa crise, me sequei ainda com algumas espumas no corpo e corri pro quarto.

Outro dia ao retornar ao lar, noto uma penumbra que até me fêz sentir um frio na barriga achando que a Eletropaulo havia cortado a minha luz, por falta de pagamento esquecimento.
Ela resolveu trocar todas as lâmpadas da casa por aquelas econômicas, só que a capacidade não importou, quanto menor melhor pro bolso, segundo ela.
Agora quase que preciso usar a lanterna com pilhas compradas no R$ 1,99 para me deslocar dentro de casa.

Pra não me alongar vou citar somente a questão do papel higiênico que está racionado (dois rolos por semana) e se passar da cota, completa com jornal, não podendo avançar na cota da semana seguinte, aí não né?

Resumindo: Os americanos fazem e a gente é que tem que economizar até no papel.
Êita marolinha enjoada hein Presidente?

Edigarde Rodrigues

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