Eu admiro Ronaldo "o fenômeno" desde o início de sua carreira independente do clube que estivesse jogando.
O garoto de Bento Ribeiro subúrbio carioca que encantou o mundo com seu futebol foi descoberto pelo ex-jogador Jairzinho quando jogava no São Cristóvão clube que lhe pagava as passagens de ônibus.
Jairzinho comprou seu passe por dez mil dólares e o vendeu para o Cruzeiro onde permaneceu de 1993 a 1994 onde o menino dentuço marcou 57 gols em 58 partidas o que lhe renderam dois títulos: A copa do Brasil e o campeonato mineiro.
Com esse destaque foi convidado pelo técnico da Seleção Brasileira de 1994 Carlos Alberto Parreira para a copa dos Estados Unidos mesmo na reserva participou da conquista do tetra campeonato da nossa seleção.
Após a copa foi contratado pelo PSV Eindhoven da Holanda onde atuou por duas temporadas de 94 a 96 conquistando mais dois títulos: A supercopa da Holanda e a Copa da Holanda marcando 66 gols em 71 partidas, ninguém segurava aquele garoto franzino.
No auge da carreira foi brilhar no futebol espanhol contratado pelo Barcelona quando surgiu o apelido de “Fenômeno” que o consagrou.
Nas duas temporadas que atuou no time catalão foi um show à parte, 51 jogos, 48 gols e 3 títulos: Copa da Espanha, Supercopa da Espanha e Recopa Europeia.
Em 1997 foi a vez da Itália desfrutar do talento do “Fenômeno” quando a Inter de Milão o contratou até 2002.
Marcou 56 gols em 90 jogos e apesar da conquista da Copa da UEFA protagonizou um drama que comoveu o mundo quando sofreu uma grave lesão no joelho já operado.
Depois de um longo tratamento e muita perseverança quase ninguém acreditava que ele fosse o maior destaque da copa do mundo de 2002 depois que o Felipão apostou todas suas fichas no craque que não só foi o artilheiro com oito gols ainda recebeu naquele ano pela terceira vez o título de melhor jogador do mundo pela FIFA.
Em 2003 Ronaldo juntamente com astros do futebol como Zidane, Figo, Raúl, Beckham, Roberto Carlos e outros craques fez parte dos Galáticos do Real Madrid onde permaneceu por seis temporadas, mas em termos de conquistas só foram duas: O Mundial de Clubes e o Campeonato Espanhol de 2003.
De volta a Velha BotaApós alguns desentendimentos devido aos fracassos dos Galáticos e a falta de títulos antes de um desgaste total Ronaldo preferiu ser negociado e dessa vez voltou para o maior rival do seu ex-clube a Inter de Milão e estreou no Milan ao lado de Kaká e Pato e com relação a títulos foi o único clube que o “Fenômeno” não conseguiu levantar nenhum caneco.
Foram 69 partidas e 35 gols marcados pelo craque.
Segundo o próprio Ronaldo foi no Milan que ele soube que tinha um problema conhecido por “Hipotireodismo” o que ocasionou o aumento de peso.
A Volta ao Brasil.Após mais uma séria lesão o “Fenômeno” começou um namoro com o Flamengo numa tentativa de voltar ao Brasil e como não houve um acordo entre as partes o Corinthians o conquistou definitivamente e segundo ele era mais um louco para se somar a essa que é a maior torcida do futebol brasileiro.
Foi um sucesso não só a sua chegada como foi uma lua de mel que deixou o Presidente do Timão mais que satisfeito pela feliz aquisição quando da conquista do Campeonato Paulista de 2009 e a copa do Brasil do mesmo ano.
O maior objetivo do craque era conquistar a Libertadores da América que em 2010 foi interrompida pelo seu antigo clube de coração, o Flamengo e em 2011 pelo fraco e desconhecido Tolima antes da fase dos grupos.
Parte da imprensa atribuía a essa derrota o motivo principal que levara “O Maior Atacante de Todos os Tempos” segundo o New York Times desse 14 de fevereiro de 2011 dia em que Ronaldo Luís Nazário de Lima o “fenômeno”disse Adeus ao futebol deixando o mundo inteiro em silêncio para ouvir a sua despedida.
Uma Carreira BrilhanteUma trajetória de sucesso sem dúvida alguma é o que podemos dizer sobre Ronaldo: considerado o melhor jogador do mundo em 96/97 e 2002.
Conquistou os maiores títulos do futebol mundial.
Foi o maior artilheiro da copa do mundo.
Após oito cirurgias sofridas se superou e deu exemplo de perseverança a todos nós que achávamos que desde a primeira lesão seria o seu fim como jogador.
O excesso de peso que o impossibilitou de continuar a dar seu show foi explicado por ele com muita humildade e lhe tirou de campo e de que mais gostava, fazer gols.
Será que a intolerância de alguns torcedores fanáticos não contribuem para decisões radicais de jogadores que se sentem ameaçados?
Edigarde Rodrigues