quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Amor Incondicional de uma Cadelinha Chamada Baby!


Quanto mais o tempo passa mais eu tento aprender o que a vida tem pra me ensinar e apesar de pensarmos que já sabemos muito a cada dia nos surpreendemos.
Eu que nunca fui muito ligado a ideia de possuir um animal mas fui agraciado pelo o amor de uma cadelinha chamada Baby que conquistou o meu coração.
No início confesso que não foi fácil a nossa convivência porque a cadelinha já pertencia a minha atual companheira há quase dez anos e já tinha conquistado alguns direitos e eu que estava chegando tinha que ceder se quisesse continuar fazendo parte da vida da minha amada.
Convidado eu fui passar o primeiro fim de semana no sítio da família dela em Embú das Artes aqui es São Paulo quando ela me falou que a Baby iria dormir na cama conosco já que era hábito em sua casa, não foi nada fácil dizer não o que levou quase ao fim o nosso romance que foi contornado por familiares.

A Baby deve ter achado tudo muito estranho mas mesmo assim parece ter compreendido e ao invés de ficar com raiva de mim que não permitia dividir o mesmo espaço com ela foi aos poucos me conquistando e eu fui mudando o meu conceito e até já admitia que ela dormisse pelo menos no mesmo quarto conosco.

O Tempo foi passando e eu cada vez mais me afeiçoando pela meiguice e carinho com que ela me recebia em casa quando eu chegava ela fazia uma grande festa o que lembrava a música do Roberto Carlos intitulada "Eu Voltei" que dizia " O meu cachorro me sorriu latindo" era desse jeito que ela me recebia ao distinguir o barulho do motor do meu carro apesar da rua nada silenciosa onde eu moro e a Cida minha companheira sabia que eu estava chegando.

A Baby só vinha pra minha casa a cada quinze dias mas há um ano atrás depois de um exaustivo cansaço a levamos ao seu veterinário o que foi diagnosticado uma lesão no seu coração e a partir daí eu fazia questão que ela viesse pra minha casa todo fim de semana o que me deixava mais tranquilo porque a minha companheira poderia ficar mais perto dela e confesso que eu também me sentia muito bem com a sua presença.

A Baby conquistara meu coração definitivamente com o passar do tempo e me cativava sem nada pedir em troca apenas um pouco da minha atenção, mas eu fazia um pouco mais e gratificava aquele amor e tentava lhe agradar também alimentando-a o que ela adorava quando eu ia pra cozinha e ela me acompanhava toda faceira.

Baby ainda bebê com sua família

No mês de outubro passado ela teve uma crise na madrugada quando a levamos para uma clínica de atendimento 24 horas e no dia seguinte ela voltou a alegrar a nossa casa.
Em dezembro mais uma crise e novamente fomos a clínica e dessa vez ela demorou mais para se recuperar apesar do tratamento dispensado de acordo com a orientação de uma veterinária nossa vizinha.

Certo dia eu a Cida e seu sobrinho Victor de oito anos resolvemos assistir ao filme "Marley e Eu" e no final nos emocionamos muito devido a situação da nossa Baby.

No final do ano evitamos viajar para não sacrificá-la e ficamos em casa mesmo muito embora tivéssemos alguns convites para festejar a passagem do ano fora.

Na madrugada do dia 31 de janeiro depois de mais uma crise a Baby nos disse adeus para a nossa profunda tristeza.
Eu passei por uma das piores experiências da minha vida ao acompanhá-la em seus ultimos e tortuosos momentos e por volta das 3 horas o seu doce coraçãozinho deixou de bater e ela que foi a grande companhia da Cida a minha amada, por muitos anos, silenciou deixando uma lição de amor incondicional nunca visto por mim apesar da minha experiência.

Na sua partida coube a mim a espinhosa e difícil tarefa de acondicioná-la para ser levada para sua ultima morada o que me fêz refletir o quanto eu amei aquela cadelinha que arrebatou o meu coração.

Hoje só nos resta escutar o papagaio perguntar todas manhãs: Cadê a Baby?



Edigarde Rodrigues

3 comentários:

Cida disse...

Bom dia meu amor!
Adorei a homenagem que vc prestou a minha querida e amável Baby, muito obrigado gostei muito realmente ela merecia essa homenagem ela foi muito importante para todos nós, eu tenho minha conciência tranquila porque eu sempre fiz de tudo pra ela com todo prazer.
Agora só o tempo pra gente se conformar com a vontade de Deus.
Um forte abraço e mais uma vez muito obrigado.

Maria Aparecida

karla leal disse...

Oi De Rodrigues muito legal essa sua homenagem. Eu que sempre amei animais fiquei sensibilizada por toda a sua história com a Baby. Você lembra das cachorras que eu e o Cacalo tínhamos, a coca (uma poodle) e a Namíbia (uma pretinha Scotch Terrier) eram nossas filhas. As duas dormiam com a gente na mesma cama. kkkkkkkkkkk Era muito engraçado Cacalo grande daquela maneira com as pequeninas juntas. Eu morria de medo que durante a noite ele as amassassem . kkkkkkkk Eh meu amigo! Elas também foram embora, o que me deixou arrasada, mas o pior de tudo, o pior sofrimento foi que o Cacalo, o único homem que amei na vida foi atrás delas também. E eu fiquei aqui nesse mundo totalmente só ! É assim que me sinto. Totalmente VIÚVA. O resto vamos nos falar pessoalmente ou por telefone.
Gostei do seu texto ! Para um sonoplasta você é um bom redator kkkkkkkkkkkkkkkk BJ

Edigarde Rodrigues e seu Blog disse...

Muito obrigado minha querida amiga.