sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Overdose Americana


Quando eu estou em frente à TV muitas das vezes eu me confundo e não sei se estou no Brasil ou nos Estados Unidos, tão grande é a overdose americana no nosso noticiário, seja pela a crise mundial que teve inicio no país do Tio Sam, ou pelas eleições que afinal de contas deu a Barak Obama numa esmadora vitória o titulo do homem mais poderoso do mundo,ou seja o Novo Presidente dos Estados Unidos da América.
Como se tudo isso não bastasse muitas empresas brasileiras, principalmente as do ramo de automóveis resolveram fomentar cada vez mais o idioma norte americano usando em seus comerciais jingles ou músicas em inglês sem nem mesmo se preocupar com a nossa língua e com os nossos compositores.
Será que os nossos compositores não são capazes de produzirem jingles tão bons ou melhores do que os que ouvimos a toda hora na televisão?
Até parece que estamos nos Estados Unidos de tanta overdose americana.
A propaganda brasileira já foi uma das melhores do mundo ganhando vários prêmios, hoje a publicidade de um modo geral está numa decadência no que diz respeito a sua criatividade.
O que se vê na TV atualmente são anúncios cada vez mais gritantes do tipo Casas Bahia, Marabraz e outros que infelizmente ainda conseguem fazer escolas e poluem cada vez mais os nossos ouvidos com berros e efeitos sonoros que a gente fica louco pra passar o mais rápido possível.
Já faz tempo que à publicidade brasileira não apresenta um bom Jingle como era comum antigamente.
Atualmente as Grandes marcas de automóveis como a Chevrolet, Ford, Volkswagen, Fiat, Citröen e muitas outras que vivem do diversificado gosto e do poder aquisitivo do consumidor brasileiro que adora carros e mesmo assim, eles não respeitam a nossa língua e abusam das músicas ou jingles originalmente em inglês sem se darem o trabalho de produzirem uma versão em português ou mesmo criar Jingles dentro da nossa realidade de país tropical que tem ótimos letristas e compositores brilhantes.
Ai que saudade dos bons jingles brasileiros que em geral de tão bons faziam as pessoas cantarolarem com muito prazer.
Será que a moda vai passar depois da euforia?

Edigarde Rodrigues

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Um Sonho Americano-Uma Nova Era


A realização do sonho de um americano chamado Martin Luther King acaba de se concretizar.
Em um discurso que abalou os Estados Unidos nos anos 60 ele começava com uma esperança dizendo: I have a dream... “Eu tenho um sonho...” e dentre esses muitos sonhos havia um que era ver uma América melhor e seu povo de minoria negra,
Livre da segregação a que era submetido.

No mesmo discurso ele disse: “Eu já cheguei ao topo da montanha e posso ver o outro lado, talvez eu não possa chegar lá, mas você pode” e esse alguém a quem o reverendo Martin Luther King se referia embora inconscientemente, mas com a convicção de um visionário chama-se Barak Obama.

Há um pouco mais de quarenta anos quando da maior manifestação já vista nos Estados Unidos liderada por King, ninguém ousaria acreditar que um negro pudesse chegar ao posto maior de um país como os EUA convictamente racista, e, por conseguinte se tornar o principal líder mundial.

Barak Obama, com seu carisma e com uma proposta de mudança atraiu a todos.
Negros, brancos, jovens, asiáticos, latinos, africanos e a todo mundo que mantém acesa a chama de viver em um mundo melhor, livre de guerras e da pobreza que assola grande parte da população mundial, ele também não concorda com a riqueza em Wall street enquanto o seu povo está pronto pra pagar a fatura da especulação.

Já era madrugada, logo após a consagração de Obama como o presidente eleito dos Estados Unidos, e eu como todo mundo esperava o seu pronunciamento pela TV no parque Grant em Chicago. Finalmente ele se aproxima do palanque com sua esposa e suas filhas.
Um festival de cores: Brancos, negros, vermelho, azul dava uma idéia da unificação em torno desse novo e competente homem de cor negra.

Em suas palavras eu pude notar sinceridade e convicção em tudo a que se propõe.
Ele disse: “Quero que os Estados Unidos seja reconhecido não pelo o seu poder bélico, mas pela capacidade de união do seu povo em comunhão com o mundo”.

Confesso que fui acometido de grande emoção por esse fato que viraria definitivamente uma página importante não só para a realidade americana como para o mundo inteiro.

Ele reafirma o seu plano de mudar os Estados Unidos que atravessa a sua maior crise financeira desde 1929, trazendo um foco de esperança e passando pra todos a confiança que o mundo está precisando ouvir, pois como sabemos uma crise americana não se limita só as fronteiras desse imenso país, o mundo todo poderá pagar a conta se não for contida com muita luta e determinação o que parece não faltar a esse que é hoje o primeiro negro a conquistar o cargo mais cobiçado do mundo.

Obama venceu e eu acho que o mundo também sai ganhando, porque foi posto à baixo um dos maiores malefícios da humanidade o “preconceito racial” e com isso os valores poderão ser visto de uma forma incolor com ênfase no ser humano, independente de raça, cor ou religião.

A campanha de Obama foi brilhante em seus 21 meses de luta o que perdurou até o ultimo minuto e que resultou na mais importante vitória de um candidato à presidência dos Estados Unidos e trouxe um novo dado, a internet foi um fator relevante e contribuiu de forma decisiva principalmente junto aos mais jovens e fez toda diferença para a essa conquista, o que consagra esse veículo que faz parte de toda mudança em que vivemos.
Se os jovens americanos podem fazer a diferença, o que faz o jovem brasileiro por mudanças?

O mundo está mudando, a queda do muro de Berlim, o fim da União Soviética e com ela o fim da guerra fria, o comunismo mostrou pra todo mundo que não é tão paternalista como parecia e os Estados Unidos acaba de consagrar um negro de origem africana e além do mais com raízes mulçumanas o Homem mais importante do mundo, Presidente dos Estados Unidos da América.
O mundo mudou e o Brasil precisa começar a se preocupar em pôr fim a um racismo velado em todos os setores da nossa sociedade.
Muda Brasil!

Edigarde Rodrigues.